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Diários e passeios, hábitos de leitura | parte 4 📚
Última parte do especial sobre hábitos de leitura. Como lidar com a grande pilha? Diários de leitura. Sair em passeio por livrarias e bibliotecas.
Olá!
Esta é a última edição do especial Hábitos de Leitura!
Na primeira edição, conversamos sobre o tempo de reflexão e clubes de leitura.
Na segunda edição, abordei a leitura como obrigação, voltada a estudos e trabalho, sem esquecer do sono e da memória.
Na terceira edição, o assunto foi retomar a leitura por prazer, com listas e indicações.
Hoje vamos conversar sobre as possibilidades de sair em passeios por bibliotecas e por uma livrarias.
Procrastinamos com classe, garbo e elegância, seja lá o que isso queira dizer nos dias de hoje.
Com carinho,
Ana Rüsche
Obrigada pelo apoio!
Agradeço aos apoios recebidos 🧡
Tornam possível a difusão deste conteúdo sem colocar paywall me dão o incentivo de seguir adiante.
Se quiser apoiar, acesse Apoia.se: https://apoia.se/anacronista
Encontrinho da Anacronista: 23 de abril, terça, às 18h30
Assunto: Tempo de paciência e tempo de impaciência.
Gratuito, aberto a todas as pessoas. Não ficará gravado. On-line e via Zoom.
A grande pilha: como lidar? Diários de leitura
Devo passar na frente o que amo? Posso abandonar livros? Leio até o final por puro ódio? Tantas perguntas. Uma das soluções para esses questionamentos e muitos outros é manter um diário de leitura.
Não é nada muito complexo, um caderno ou um mero bloco de notas no celular dá certo.
Os diários de leitura são excelentes, pois são espaços para registrarmos nossos pensamentos durante leituras. Valem para quem lê por obrigação, por deleite ou para quem está voltando a ler.
Não existe nenhuma técnica específica para ter um diário de leitura. Basta anotar suas impressões de forma honesta.
Existem inclusive apps de diários que podem ser usados para a prática. O próprio Goodreads também foi pensado como um diário de leitura, embora construído na forma de rede social.
Os campos, você escolhe. Sugiro alguns: título, autoria, motivo da escolha, o estilo, percepções e ideias para próximas leituras. Num cotidiano tão corrido, separar um tempo para nossa própria elaboração mental faz muito bem.
Você decide o que fica melhor.
O que importa é o gesto, a parada.
📚 Sair em passeio: livrarias e bibliotecas
Durante nosso Encontrinho da Anacronista, conversamos sobre bibliotecas.
Um de meus lugares favoritos da vida, bibliotecas públicas são preciosidades — inclusive, esse foi um tema sugerido pelo Tarsis Salvatori em comentário à primeira edição dessa série.
Parece mágico: você pode retirar livros, fuçar o que quiser, permanecer por lá. Sei que não é toda cidade em que há boas bibliotecas (e se você mora fora do Brasil, eventualmente pode encontrar dificuldade de encontrar material em português).
Dentro das circunstâncias e do possível, se puder colocar uma biblioteca na sua rota semanal ou quinzenal faz uma boa diferença na semana. Há inclusive bibliotecas on-line, lembrança da Ana Carolina Dantas em comentários. Neste post da UFRB, há 50 sites com acervos.
Visitas a livrarias também é um passeio excelente. Caímos na mesma situação: nem toda cidade tem livraria. E nem toda livraria apresenta livros variados. De toda forma, se você tiver a sorte de ter uma livraria perto de casa, faça visitas. Folheie, se perca.
Quando visito outras cidades, a primeira coisa que coloco na rota é isso, fuçar alguma livraria local, se houver. Acho que são lugares essenciais também para conhecermos a vida cultural daquela comunidade.
📚 Dica de leitura: A biblioteca no fim do túnel
A biblioteca no fim do túnel: Um leitor em seu tempo, de Rodrigo Casarin, é uma ótima obra para quem gostaria de retomar o prazer da leitura.
Sendo um leitor profissional, Casarin consegue comentar sobre quase todas as angústias e delícias que envolvem a leitura, além de discorrer a respeito de obras variadas. Cito um trechinho que tem a ver com nossa conversa:
“Só há uma coisa que deve ser observada pelo bom leitor: respeitar a preguiça quando não há vontade alguma de ler, mas não se acomodar por muito tempo nesse marasmo.”
É uma boa medida. Como a obra do Casarin é uma reunião de ensaios, você pode ler cada um de forma independente, dentro daquela ideia de “recomeçar por extensões curtas” que mencionei na Parte 3 de nosso especial sobre hábitos de leitura.
O livro foi publicado pela Arquipélago.
Com essas três dicas de hoje, concluo o especial de começo de ano Hábitos de Leitura. Foram quatro edições, com muitas colaborações e conversas.
Espero que tenha gostado, mesmo se você é profissional da área.
Agradeço por ter acompanhado!
🌿 Literatura e ecologia
Em abril, o Filamentos conversa sobre duas obras emocionantes de ler:
Banzeiro òkòtó: Uma viagem à Amazônia Centro do Mundo, de Eliane Brum (Companhia das Letras)
Conto: “Amor”, de Clarice Lispector (várias edições)
Nosso encontro será no dia 6 de abril, às 14h.
On-line e mensal. Não é preciso ler antes dos encontros. Para participar, basta apoiar o projeto no Catarse.
🧳 Literatura e viagens
A Paula C. Carvalho e eu convidamos para o Leituras Extraordinárias. O livro de abril será Marinheira no mundo, de Ruth Guimarães (Primavera) e conta com a convidada especial Carolina Ferreira. Gratuito e presencial. O clube acontece na Livraria da Tarde, em São Paulo (SP). Receba lembretes e detalhes por WhatsApp.
Sobre esta edição
Para escrever esta edição, escutei muita gente. Como era o último texto da série, fiquei preocupada, calculando tudo o que não havia ainda abordado. A sensação piorou ao ler o livro do Casarin — tive certeza das tantas coisas que ficaram de fora. Ao final, passado o desespero, cheguei à uma conclusão mais otimista, “que bom, talvez tanta coisa tenha ficado fora para podermos conversar sobre livros e bibliotecas por muitos outros anos”. Procrastinemos com classe, flanando entre páginas maravilhosas!
Muito obrigada!
Agradeço demais a sua leitura. É por isso que escrevo.
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Em 2024 e em todos os dias,
todo poder à alegria,
ao desejo e
à imaginação!
Créditos
Pesquisa e texto: Ana Rüsche
Revisão, padronização e publicação: Victória Haydée
Adoro passear pela biblioteca da minha cidade, que é bem legal. Eles estão sempre com livros novos e valorizam os autores da cidade. Também há muitos cursos legais para quem escreve e faz arte em geral. Ainda por cima, fica bem perto de casa, então estou sempre por lá.
Sou nova na newsletter e já adorei!
Desde que a tia da minha amiga me ensinou que a vida era muito curta pra ler livro ruim, tudo mudou pra mim. Aprendi a deixar pra lá e confesso que aumentou muito meu prazer em ler!
Amei o especial, Ana! E que venham outros com o tempo!