Deixo a dica de Aqui vai meu coração, cartas de Tarsila Amaral ao seu último marido, Luís Martins, selecionada por Ana Luísa Martins, filha de Luís.
A vida de Tarsila se mostra de forma impressionante através das cartas dirigidas ao marido, 16 anos mais jovem, compiladas pela filha deste -- fruto do relacionamento com a sobrinha de Tarsila.
Tarsila resplandece nessa correspondência, com fatos de enternecer e de cair o queixo, como detalhes do relacionamento da pintora com Osvald de Andrade que só poderiam sair de uma poderosa e tristíssima história familiar.
É muito difícil explicar o porquê de algumas coisas nos atravessarem e abalarem tanto!
Lendo sua edição me lembrei que ano passado assustei minha analista com o quanto fui crítica com uma crônica de jornal de uma escritora brasileira conhecida.
Gosto muito dela e o desleixo do texto em forma, conteúdo e apuração me revoltou de verdade! Talvez tenha acontecido algo parecido com seu leitor misterioso, uma quebra na idealização sobre o autor ou algo do tipo.
De todo modo, o ódio diz muito mais sobre nós mesmos do que gostaríamos, como pontuou minha analista.
E em tempos de esbravejamento na Internet, esse cuidado meticuloso e restrito ao livro o torna quase um relicário.
Se chama Garrafas ao mar, de 01/02, caso você não use Deezer. Eu amo livro de sebo pour esse motivo, pela possibilidade de diálogo, de fofoca, de histórias sobre histórias sobre histórias... Adorei seu relato e a história do seu relato! E a história da história do seu relato! Ah, o narrador não confiável! As paixões, o horror, o suspense, o mistério...
Já fui obcecada por biografias. Gostei muito de uma do Henry Miller, mas não lembro o autor (o livro tá na casa dos meus pais). Verei na próxima viagem e te falo.
Desculpe entrar na conversa onde não sou chamado. Mas pesquisei e escrevi muito sobre o Oswald e não conhecia esse livro. Vou procurar por ele agora. A Tarsila, você já sabe, foi miseravelmente traída pelos OA e, ao que eu saiba, nunca o perdoou. estou curioso e quero saber o que ela diz.
Li faz muito tempo a autobiografia da maite Proença e achei divertida, muito era o inventado e não dava pra saber o que. Tou pra ler a do Oliver Sacks faz uns anos, mas agarro nos primeiros capítulos e não avanço. Gostei que o texto foi mais sobre o livro do que sobre o velho bruxo, mas tbm quero saber dele! 😅😘
E como será que esse livro foi parar em um sebo? Como eles venderam sem nota todos os detalhes saborosos descritos por você? Tem um sebo em Pinheiros em que o dono fez uma espécie de museu a partir de cartas, fotos e outras coisas achadas nos livros. Dava uma boa ficção, hein?
Também gosto muito de biografias. Vou citar 2, sobre mulheres. "Mundos de Eufrásia" de Cláudia Lage (Ed. Record), conta a história de Eufrásia Teixeira Leite, uma financista de sucesso e namorada de Joaquim Nabuco. Ok, tem algumas questões aí, mas é sempre legal conhecer mulheres que mandam às favas algumas regras do patriarcado. A outra biografia é "A Viúva Clicquot" (sim, a do champanhe) de Tilar J. Mazzeo (Rocco). Eu li, gostei e botei o livro pra circular mas depois comprei outro.
E que história essa do livro que você comprou, hein? Fiquei pensando como esse leitor reage hoje nas redes sociais. Será um daqueles haters, só mais detalhista?
Adorei o texto. Fico sempre elocubrando sobre a vida e os hábitos dos donos anteriores dos livros que compro em sebos, principalmente se eles deixam marcas nos livros. Sobre biografia, vou indicar Marighella, do jornalista Mario Magalhães. Ele escreve de um jeito que parece que você está vivendo junto o momento. Já estou inclusive ansiosa pelo próximo projeto do Mário, ele está biografando o Lacerda.
Adorei a dica! Ainda não tinha ouvido falar ❤️ Muito obrigada
Deixo a dica de Aqui vai meu coração, cartas de Tarsila Amaral ao seu último marido, Luís Martins, selecionada por Ana Luísa Martins, filha de Luís.
A vida de Tarsila se mostra de forma impressionante através das cartas dirigidas ao marido, 16 anos mais jovem, compiladas pela filha deste -- fruto do relacionamento com a sobrinha de Tarsila.
Tarsila resplandece nessa correspondência, com fatos de enternecer e de cair o queixo, como detalhes do relacionamento da pintora com Osvald de Andrade que só poderiam sair de uma poderosa e tristíssima história familiar.
Impressionante. Recomendo.
Bjs. Sandra
"Não há nada tão transparente quanto o odiar".
É muito difícil explicar o porquê de algumas coisas nos atravessarem e abalarem tanto!
Lendo sua edição me lembrei que ano passado assustei minha analista com o quanto fui crítica com uma crônica de jornal de uma escritora brasileira conhecida.
Gosto muito dela e o desleixo do texto em forma, conteúdo e apuração me revoltou de verdade! Talvez tenha acontecido algo parecido com seu leitor misterioso, uma quebra na idealização sobre o autor ou algo do tipo.
De todo modo, o ódio diz muito mais sobre nós mesmos do que gostaríamos, como pontuou minha analista.
E em tempos de esbravejamento na Internet, esse cuidado meticuloso e restrito ao livro o torna quase um relicário.
Adorei seu texto!
Luísa, que comentário maravilhoso o seu.
Acho que sim, ao trazer muito de você, também falou muito de mim.
Obrigada pela delicadeza. Seguimos <3
Tem um episódio incrível da rádio novelo que conversa um bocado com isso que te aconteceu: https://deezer.page.link/TDJE5z5AVB2soBjB7
Se chama Garrafas ao mar, de 01/02, caso você não use Deezer. Eu amo livro de sebo pour esse motivo, pela possibilidade de diálogo, de fofoca, de histórias sobre histórias sobre histórias... Adorei seu relato e a história do seu relato! E a história da história do seu relato! Ah, o narrador não confiável! As paixões, o horror, o suspense, o mistério...
Já fui obcecada por biografias. Gostei muito de uma do Henry Miller, mas não lembro o autor (o livro tá na casa dos meus pais). Verei na próxima viagem e te falo.
Estou cheio de biografias para ler, na minha lista interminável de leituras por fazer
que pena não ter outras informações sobre o(a) leitor(a) furioso(a) com a biografia de machado! fiquei curioso para saber quem seria...
Há pessoas que amamos odiar e outras que odiamos amar.
Desculpe entrar na conversa onde não sou chamado. Mas pesquisei e escrevi muito sobre o Oswald e não conhecia esse livro. Vou procurar por ele agora. A Tarsila, você já sabe, foi miseravelmente traída pelos OA e, ao que eu saiba, nunca o perdoou. estou curioso e quero saber o que ela diz.
Li faz muito tempo a autobiografia da maite Proença e achei divertida, muito era o inventado e não dava pra saber o que. Tou pra ler a do Oliver Sacks faz uns anos, mas agarro nos primeiros capítulos e não avanço. Gostei que o texto foi mais sobre o livro do que sobre o velho bruxo, mas tbm quero saber dele! 😅😘
E como será que esse livro foi parar em um sebo? Como eles venderam sem nota todos os detalhes saborosos descritos por você? Tem um sebo em Pinheiros em que o dono fez uma espécie de museu a partir de cartas, fotos e outras coisas achadas nos livros. Dava uma boa ficção, hein?
Que delícia de causo e de texto!
Também gosto muito de biografias. Vou citar 2, sobre mulheres. "Mundos de Eufrásia" de Cláudia Lage (Ed. Record), conta a história de Eufrásia Teixeira Leite, uma financista de sucesso e namorada de Joaquim Nabuco. Ok, tem algumas questões aí, mas é sempre legal conhecer mulheres que mandam às favas algumas regras do patriarcado. A outra biografia é "A Viúva Clicquot" (sim, a do champanhe) de Tilar J. Mazzeo (Rocco). Eu li, gostei e botei o livro pra circular mas depois comprei outro.
E que história essa do livro que você comprou, hein? Fiquei pensando como esse leitor reage hoje nas redes sociais. Será um daqueles haters, só mais detalhista?
Adorei o texto. Fico sempre elocubrando sobre a vida e os hábitos dos donos anteriores dos livros que compro em sebos, principalmente se eles deixam marcas nos livros. Sobre biografia, vou indicar Marighella, do jornalista Mario Magalhães. Ele escreve de um jeito que parece que você está vivendo junto o momento. Já estou inclusive ansiosa pelo próximo projeto do Mário, ele está biografando o Lacerda.