Pioneiras e choronas: notas sobre uma jornada de crítica literária
Divagações sobre um evento acadêmico, as pioneiras de Brasília, o amor por livros e a amizade. Deslocamento e pertencimento. Convites de outubro.
Olá!
Esta é mais uma edição da Anacronista. Desta vez, precisei da autorização de treze pessoas para publicar o texto: o assunto é uma jornada de crítica acadêmica durante o período da seca em Brasília e as pioneiras que construíram a cidade. Espero que você se emocione conosco!
No mais, a Flip foi maravilhosa, precisei até ir ao ortopedista depois (mentira, tinha uma consulta já marcada antes). Adorei conhecer muita gente do mundo da newsletter em pessoa. Em Paraty, as mesas de debates sobre o tema foram cheias, o que só mostra o interesse por esse modo de expressão. Obrigada por todos os abraços! Fixei um álbum provisório nos stories do Instagram com fotos e vídeos.
Sobre os próximos encontros presenciais, além de Brasília, estarei em Campinas e no Rio. Quem sabe não consigo ganhar outros abraços? Se nada der certo, venha participar do Filamentos, é on-line e inspirador.
Convido ainda você a conhecer o Ferozes melancolias, meu livro de ensaios e crônicas que esteve indicado no Listão da Quatro Cinco Um de setembro e nas indicações do Jota.
Com carinho numa sexta-feira preguiçosa,
Ana Rüsche
Notas sobre uma jornada de crítica literária
A cidade impossível
É um final de almoço, as últimas fatias de um bolo de cenoura com chocolate descansam com as xícaras de cafés e as garrafas de água sobre a mesa. Não muito longe de nós, um calango lagarteia na amurada, uma esfinge em miniatura, com sua linguinha a testar o ar. "Será que esse ano vamos bater o recorde de dias sem chuva? Quanto era mesmo? 163 dias?". É setembro e estamos no Sebinho, uma mistura de café, restaurante, loja de livros usados e camisetas sobre leitura. Como em muitos lugares de Brasília, comemos praticamente ao ar livre.
Conferimos: o recorde de dias sem chuva no Distrito Federal era 163 dias em 1963. Digo que queria muito estar na capital federal quando a primeira chuva cair, mas as mulheres ao redor da mesa desmancham meu sonho: "nada, fica muito quente depois, tudo fica bem abafado, sabe?".
Minhas amigas da Universidade de Brasília improvisaram uma comemoração tardia para meu aniversário, pois estava em São Paulo dias antes. Daí o bolo de cenoura. Ainda ganhei presentes, uma caneca com as numerosas siglas da cidade, um caderninho e um cartão-postal do Parque da Cidade, retratando o parquinho das crianças.
Me explicam a importância da imagem no postal:
— Este é o foguetinho.
Uma nave de sonho e metal em que tantas ali já brincaram quando pequenas e agora levam os próprios filhos. O pacote de alegria completa-se com dois livros e um vaso de antúrios.
O maior presente mesmo, são elas. Não sei se elas sabem, por isso é importante escrever. Registrar o amor. Há um ano, quem diria que me sentiria plenamente em casa na cidade estrangeira?
É como a inscrição no lápis que acompanha o caderninho:
"Nada é impossível. Brasília existe."
Uma jornada de crítica literária
No início de setembro, bem antes de meu aniversário, organizamos uma jornada de crítica literária, afinal, aquela amizade toda deriva do amor pelos livros. Naquele dia, nossa atividade na Universidade de Brasília começou muitas horas antes da marcada.
A jornada iniciou-se ainda de madrugada, numa outra cidade, num outro bioma. Em Minas Gerais, um de nossos colegas vai precisar embarcar no ônibus ainda nas ruas escuras e fazer uma longa travessia para aportar no Planalto Central. Outras duas colegas também viajam toda a semana para assistir às aulas. Essa é a medida do empenho.
No primeiro dia de nossa jornada de crítica, certamente foi nosso colega que trouxe o sol consigo, fazendo do busão o carro de Apolo, amanhecendo o dia que ganha sua luz absoluta dos ipês amarelos na capital federal.
Os trabalhos então começam no auditório de cadeiras estofadas verdes. O ar condicionado zumbe, tentando amenizar o cheiro de algum animalzinho que faleceu naqueles dutos metálicos. Fora essa questão olfativa, uma plateia atenta escuta as falas matutinas, faz fotos e toma notas.
A organização do evento é composta por treze pessoas, todas mulheres, com exceção de nosso colega que trouxe o carro apolíneo. O tema é o conto brasileiro contemporâneo, essa espécie menos visibilizada e fundamental, objeto de uma disciplina de pós-graduação.
Em algum momento, a professora faz questão de visibilizar que as organizadoras pertencemos a diferentes gerações: das nascidas na década de 1960 a 2000.
Anoto algo que escuto. Um zumbido. Uns olhos cheios de lágrimas a toda a hora, será que chorar na seca é mais comum? No corredores, a conversinha. Uma se sente velha demais. A outra, muito nova. Uma, forasteira. A outra, de periferia. Uma, está nervosa, pois será sua primeira comunicação acadêmica. A outra, por ter experiência demais e ter medo de mandar mal. Uma, culpada, devia estar agora em casa com os filhos. A outra, devia estar no trabalho. Deslocadas.
Se olharmos de longe, uma fotografia ali naquele auditório, nada parece incomum. Mesmo assim, um zumbido se infiltra baixinho. A ideia do despertencimento, esse fantasma. Ao mesmo tempo, não haveria nada que nos expulsasse dali. Nem o cheiro de morte nos dutos do ar-condicionado.
Pioneiras
Deitada na cama à noite, assisto a um documentário sobre as mulheres candangas com o computador na minha barriga. Já sinto a ameaça do torcicolo, os óculos saíram do foco, embora não queira me mover. Aquelas falas eram fascinantes.
Nossa capital foi construída entre 1957 e 1960. Se você nunca visitou Brasília, caminhar pela Esplanada dos Ministérios é a experiência mais próxima de estar num filme de ficção científica dos anos de 1940, com sua magnitude alienígena e o excesso de luz branca, acentuada nos meses de seca. Um fascínio ronda a loucura e a pressa desse sonho da engenharia e da política. O documentário a que assisto é "Poeira e batom", disponível no YouTube, trazendo a voz de cinquenta mulheres, pioneiras que chegaram ao Planalto Central entre 1956 e 1960.
Com dor na nuca, foi no sotaque de uma das mulheres, com ascendência japonesa, que me toquei de algo óbvio. O sentido da palavra "cerrado". Significa "fechado", além da designação do bioma. Escutando aquelas mulheres, parece que é impossível não entrar no labirinto, nessas histórias dentro de histórias. Talvez um tipo de labirinto tão perigoso quanto o de Dédalo ao seu filho Ícaro: se você olha para o céu, você sabe que quer voar.
Durante a construção de Brasília, mulheres limparam residências improvisadas, cozinharam em meio a tapumes, seguiram alfabetizando pessoas, levantaram de madrugada para atender partos, cuidaram de doentes, plantavam verduras, dirigiram caminhões. Inclusive, realizaram o único trabalho a que se atribui geralmente às candangas, o trabalho sexual.
Com o laptop esquentando meu umbigo, ouço uma história que me toca em especial: sobre o dia da inauguração da nova capital. Um dia de festa. Uma das mulheres arrumou-se toda, colocou um vestido novo e óculos escuros. Toda bonita, brilhante e contente por esse ar celebratório, subiu na caçamba do caminhão e partiu com outras pessoas, furando toda aquela poeira vermelha no ar. Chegando na festa, a moça percebeu que a olhavam de maneira estranha. Conferiu o vestido, os sapatos. Não descobriu nada. Sentindo-se deslocada, foi ao banheiro, olhou-se no espelho.
Diante do espelho, tomou um susto.
A marca. A poeira do caminho tinha impresso uma marca na sua pele, somente limpa sob a proteção dos óculos. A forma dos óculos escuros estampada no seu rosto. Assim, sem a armação, ficava com aquela sombra vermelha impressa.
Talvez seja isso que a gente sinta quando entra num ambiente recém-construído, essa marca absolutamente visível, mas que nós ainda não temos certeza do que estão enxergando.
O sonho antigo que se ergue
Na mesa comprida do evento acadêmico, há um arranjo de flores. São folhas e flores do jardim da avó de uma das organizadoras, uma fissura no capitalismo onipresente, quando não precisamos comprar um arranjo. Um presente, uma parte de seu jardim. Ainda há a toalha de mesa, trazida pela professora, uma toalha de algodão, com o logo do grupo de pesquisa. Um bolo de cenoura com calda de chocolate repousa na mesa do café.
Há alguns dias raros em que é bom ser mulher.
A beleza desse imenso senso prático.
Durante a jornada de crítica literária sobre o conto contemporâneo, as comunicações seguem e, muitas vezes, são mencionadas mães e avós.
É como se sua presença estivesse conosco, mulheres de diferentes origens, profissões. Furando o tempo, um desejo antigo dessas mulheres parece aplacar um pouco esse senso de desconforto perante o exercício de ser intelectual, que tão poucas puderam experimentar (talvez nenhuma de nossas avós), mas nem por isso deixaram de sonhar por nós e esse sonho antigo agora nos ergue.
Na mesa central do auditório, uma pesquisadora empunha o microfone com uma impostação elegante. Depois de apresentada sua comunicação, comenta, com a voz embargada, sobre as primeiras mulheres que chegaram à Brasília, as pioneiras.
Sua fala atravessa as margens do auditório: "minha mãe foi uma delas".
A voz, então, falha um pouco. A plateia toda está com os olhos marejados. Por que choramos tanto, ainda tão cedo?
O que acontece fora da margem do papel
Nas falas de nossa jornada crítica, também muitas homenagens a pessoas falecidas.
Elvira Vigna, João Antônio, Lygia Fagundes Telles, Márcia Denser e Sérgio Sant'Anna. E me peguei pensando, tão importante escrever tudo isso, essas pequenas coragens, esses pequenos atos bestas, empunhar o microfone, pigarrear e falar, faz com que a gente transforme algo que parece intransformável, nós mesmas.
Num dos momentos mais marcantes, uma das colegas fez uma reflexão sobre o deslocamento, a quebra da margem. Talvez seja esse o dique: quando as margens da página são quebradas e o mundo de fora deságua seu brilho para dentro. Formas de transbordamento, desmarginalizações? Talvez por isso choramos emocionadas logo de manhã.
Ao final da jornada, quem ganhou o sorteio foi a única avó presente, a do arranjo de flores.
A avó de uma das nossas colegas naturalmente é a avó de todas.
Ipês rachando a seca
Ouvi uma história que os ipês amarelos são a flor da pátria, pois florescem justo na época do feriado da independência. Quando a seca corrói a paisagem e você acha que tudo vai se queimar em tons pastéis, os ipês amarelos destroçam o horizonte. No período crítico, surgem com a violência do amarelo.
Fiquei pensando que possuem uma força mítica do Tannenbaum, o pinheirinho, árvore que para alguns povos de língua alemã é festejada como um verde na paisagem branca do inverno. A promessa de vida.
O ipê amarelo me faz pensar no brilho do mundo, de como algumas coisas podem ser terrivelmente fortes e belas.
Fronteiras de ar
Voltando ao Ícaro, o pobre procurou sair da torre do labirinto, construído por seu pai, onde ambos estavam encarcerados. Juntos, pai e filho, construíram aquelas asas mal-ajambradas, coladas com cera, farrapos e sei-lá-mais-o-quê. Assim, o filho sairia do cativeiro onde o pai restaria. Parecia uma ideia ousada. O pai deu uns conselhos, óbvio que o filho não escutou nada. Ícaro chegou a voar muito alto, pois no ar é fácil se deslocar. Mas o carro de Apolo é implacável.
O céu é um perigo, pois o céu não possui raias, as fronteiras são feitas de ar.
Assim, Ícaro passou do limite, derreteu e caiu.
Uma parte dessa vertigem talvez nos acometa naquele auditório. Estamos chorando naquelas cadeiras verdes com cheiro de rato ou gambá morto às 10h da manhã. Talvez seja a emoção misturada ao medo desse limite. As asas feitas por quem nos antecedeu, asas mal-ajambradas feitas com sei-lá-o-quê, com o que deu para encontrar naquela torre das nossas avós com suas histórias, das guerras à poeira vermelha. O pedido para voarmos longe. As recomendações para voarmos direito. Mas não há raias no céu. Como saber se estamos indo bem? A força do sol nos queimando. A ameaça do despertencimento nos empurrando de volta às margens dos papéis sociais consagrados.
Do arranjo de flores às comunicações sobre literatura, nada parece estar fora de lugar naquele auditório. Mas é muito difícil explicar isso ao coração. A gente aprende no espelho distorcido, pois conhecemos a história do pobre Ícaro: nunca é sábio transpor uma fronteira. É perigoso e, muitas vezes, não oferece nenhum glamour. Só traz dor de cabeça, queda ou loucura ruim. O duro é entender onde as linhas invisíveis perpassam.
Em alguns casos, quando as enxergamos, não conseguimos parar, só tropeçamos.
Os limites mais perigosos são os invisíveis.
Existe uma palavra em inglês, edge, que a Surina Mariana explora em seu bonito livro recém-lançado, 108:
"Ela [a monja] também precisava caminhar na lâmina do mundo. Em inglês, eles têm uma palavra linda para isso, “edge”. Para estar viva ela também precisava estar no ponto limite, ela também precisava habitar o ponto onde existir e morrer são o mesmo lugar."
No limite, na fronteira, na borda, na extremidade. Na beirada das coisas. O ponto no qual medimos o sol esturricante da seca e pedimos baixinho, "por favor, só nos ilumine".
Chuvas
É mais uma vez quinta-feira e estamos reunidas no Sebinho para almoçar. É outubro e chove ininterruptamente. No caminho, avistei os ipês brancos derramando suas flores no chão com a chuvarada, causando uma neve fora de lugar. Apesar da nova estação, Brasília tem agora um novo recorde da seca: 167 dias em 2024.
As cigarras vibram numa linguagem alienígena pelo verde que se instaurou, naquela transformação imediata da paisagem. Minhas amigas confirmaram, "ih, agora nunca mais a chuva para". Os calanguinhos sumiram, agora são pequenos jacarés, chapinhando pelas poças de lama.
Desta vez, sobre a mesa, há um livro de crônicas do João do Rio, um chocolate com a estampa de Paraty, um caderninho, uma sacola. São presentes para uma amiga que não pode ir à Flip conosco, mas não esquecemos dela em nenhum dos dias e trouxemos presentinhos do litoral, uma festa portátil que subiu o planalto. No fundo da sacola, nossa amiga encontra um lápis com a frase do João do Rio:
"Eu amo a rua".
Diante da mangueira carregada de frutos verdes, discutimos muitas coisas. Por exemplo, sobre as perigosas diferenças entre "dar em cima" e "vir para cima", passamos toda a festa literária a limpo às gargalhadas, enquanto uma cigarra animada ensaia seu berro.
Reflito que o mais brilhante é essa reunião. Com suas fofocas e risadas.
A fofoca faz com que a gente pertença ao mundo, pois a construímos rindo do senso de perda de limite. Rimos dos tropeços, do ridículo, esquecemos das margens. A fofoca é nosso elemento natural, avoengo, um pouso das quedas, servido com bolo de cenoura e café.
Ao nosso redor, os guarda-chuvas tortos e encharcados nos aguardam.
Na tarde longa, enchendo nossos olhos, os flamboyants se incendeiam de água.
—
Agradeço a autorização das doze pessoas participantes da jornada de crítica literária, fora a de nossa professora, para publicar esse texto. Agradeço também aos memes enviados no processo de aprovação. Todas as opiniões aqui veiculadas são minhas e não vinculam nenhum participante da mencionada atividade a essas ideias.
Agradeço ainda a todas as pessoas que apoiam a Anacronista, me concedendo tempo e ânimo para seguir escrevendo.
Recomendações
As duas obras citadas nessas divagações são fabulosas:
📚 108, livro de Surina Mariana, autora da newsletter Sofá da Surina, que decidiu largar a vida numa repartição pública de Brasília para viajar e viver de uma outra forma, meditando em diferentes partes do mundo. Uma viagem para dentro, embora também seja para fora (ed. autora, 2024).
🎥 Poeira e batom no Planalto Central — 50 Mulheres na Construção de Brasília. Documentário de Mônica Gaspar, Tânia Fontenele Mourão e Tânia Quaresma (2017) sobre a construção da cidade de Brasília, contada pelas mulheres que fizeram parte desta história.
Convites de outubro
[Campinas, 23 de outubro] Encontro de divulgação de Ciências e Cultura na Unicamp
Participo da mesa "As mudanças climáticas sob uma perspectiva de gênero, latino-americana e decolonial" no 11º Encontro de Divulgação de Ciência e Cultura (EDICC), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Dia 23/10, das 17 às 19 horas, presencialmente no Labjor, Unicamp, Campinas [programa completo].
[Rio de Janeiro, 25 e 26 de outubro] Festival Futuros Possíveis, da Firjan
Darei a palestra "Entre incertezas e esperanças: Ficção científica, imaginação e crise climática". A programação está muito boa, estou animada para tomar milhões de notas.
[Brasília, 31 de outubro, 19h] Lançamento de O dia escuro
Lançamento do livro O dia escuro — contos inquietantes de autoras brasileiras, organizado pela Fabiane Secches e Socorro Acioli (Companhia das Letras). Participam com contos Amara Moira, Ana Rüsche, Andréa del Fuego, Carola Saavedra, Cidinha da Silva, Dia Nobre, Eliana Alves Cruz, Fabiane Guimarães, Flavia Stefani, Jarid Arraes, Laís Romero, Lygia Fagundes Telles, Marcela Dantés, Maria Valéria Rezende, Mariana Salomão Carrara, Micheliny Verunschk, Natalia Borges Polesso, Natércia Pontes, Socorro Acioli, Trudruá Dorrico. Em João Pessoa, o lançamento será na Livraria Leitura, Mangabeira Shopping. Em São Paulo, no Canto. No Rio de Janeiro, na Travessa de Botafogo.
Estarei em Brasília, na Livraria Circulares, com a Fabiane Guimarães, a partir das 19h.
Sobre esta edição
Para produzir esta newsletter foi necessário um longo percurso, um pré-projeto de doutorado, uma entrevista por vídeo e uma taxa de inscrição paga somente no Banco do Brasil. Também foi necessário um semestre de aula matutinas, acompanhadas por um religioso expresso e um pão-de-queijo, pagos no cartão de débito por aproximação.
A duração da produção textual foi de mais de dois meses, observando como a paisagem mudava e como a experiência de toda essa jornada mudava dentro de mim (o que não garante exatamente nada da qualidade do texto, mas mostra o tempo que as coisas levam).
Assim, quem sabe você não se anima a apoiar essa newsletter? Com os incentivos já recebidos, consegui manter mais uma edição da Anacronista aberta a quem quiser ler, sem inserir paywall.
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Em 2024 e em todos os dias,
todo poder à alegria,
ao desejo e
à imaginação!
ana, eu amo viajar contigo pelos textos 💗 que sempre tenha ipe amarelo no teu caminho!
Ana, o dizer? Esta é a minha edição preferida da Anacronista. Senti que você deu voz também à mim, ao amor que sinto por Brasília mesmo não tendo nascido lá. Muito obrigada por me religar, também, à linguagem das pioneiras. Eu, com certeza, faço parte da linhagem das choronas.
E aí, não é que me aparece no texto uma menção ao 108? Obrigada, então, por me incluir nesta constelação brasiliense também na escrita.